Professor José Feliciano de Oliveira

Principal atividade ou função histórica: Educacional
Nascimento: 06/03/1868
Sepultamento: 03/07/1962
Localização: Quadra 35
Descrição do jazigo: Sepultura em granito polido.

Dados biográficos e menção histórica:

Nascido em Jundiaí, onde estudou os primeiros anos de vida, José Feliciano de Oliveira era professor, escritor, astrônomo, ensaísta e poeta. Também foi colaborador do jornal A Província de São Paulo (que, mais tarde, se tornou O Estado de São Paulo) e de O Democrata, de Niterói, publicando artigos em prol da República. Em 1893, ingressou no corpo docente da Escola Normal da Praça da República, regendo ali, por longos anos, as cadeiras de Astronomia e Mecânica, além de professor substituto de Português e Latim. Em 1902 foi à Europa, em viagem de estudos, onde proferiu a conferência A Educação e a Urbanidade, cuja importância foi reconhecida pelo Governo do Estado, que decidiu imprimir o conteúdo e distribuir às escolas. Em 1952, 50 anos depois, o conteúdo foi reeditado por iniciativa do médico João Martinho de Azevedo, para ser distribuída aos congressistas reunidos na Universidade de São Paulo.

Em 1911, embarcou novamente para a França, permanecendo durante os 40 anos seguintes. Na capital francesa, tornou-se colaborador dos jornais Le Figaro e Le Monde, ao mesmo tempo que prosseguia colaborando com o Jornal do Comércio e O Estado de São Paulo, publicando neste último a coluna Cartas de Paris.

Em 1934, o governo brasileiro atribuiu-lhe um subsídio de U$ 130 mensais e o título de adido especial junto à Embaixada Brasileira em Paris. Desde então, até 1939, lecionou e ministrou uma série de cursos e conferências na Universidade de Sorbonne, versando sobre Astronomia, Filosofia e História do Brasil. Essas aulas foram dadas nas Faculdades de Letras e Ciências, no Palais de la Mutualité, no Institute de Histoire des Sciences (anexo à Universidade de Paris) e no Colège Livre des Sciences Sociales, do qual se tornou catedrático.

Em 1951, interrompendo seu exílio, veio ao Brasil, sendo recebido com júbilo na Assembleia Legislativa de São Paulo e em Jundiaí, onde esteve para visitar o túmulo de seus pais. Retornando à França, permaneceu até 1958 e, ao regressar definitivamente ao Brasil, já com 91 anos de idade, trouxe consigo sua biblioteca, composta por nada menos que 12 mil livros escolhidos. Viveu os últimos anos de sua vida em São Paulo, onde faleceu. Seu corpo foi trasladado para Jundiaí, para ser sepultado no jazigo de sua família, conforme sua expressa recomendação.