Moradores do Nova Esperança realizam sonho de matrícula

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Um grupo de 102 casas e um centro comunitário passaram a ser definitivamente regularizados a partir deste sábado (13), na Vila Nova Esperança, com a entrega de 27 contratos de compra e venda para registro em cartório e outros 75 matrículas individualizadas para ser encaminhadas após a quitação dos termos de permissão de uso pelos moradores desse conjunto habitacional. A cerimônia, que teve até capoeira no encerramento, foi marcada pela defesa da autonomia dos cidadãos sobre suas propriedades dentro das normas urbanas.

“Este processo é uma mudança de postura. Antes, os moradores ficavam amarrados ao governo e precisavam ter sua liberdade. Este local, assim como outros em que estamos trabalhando, era parte dos pontos de preocupação da década de 1990, com pessoas, como o padre Paulo André Labrousse, então na Fundação Municipal de Ação Social (Fumas), ou do Norberto Savietto, da Edna e de tanta gente daqui também”, afirmou o prefeito Pedro Bigardi ao solicitar que as moradoras Antonieta Santos Alves e Margarida Miranda Carelli representassem a comunidade a seu lado.

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Em evento acompanhado por secretários, como: chefe de Gabinete, Alan Piccolo; de Educação, José Renato Polli; de Gestão de Pessoas, Mary Fornari Marinho; Relações Institucionais, Liráucio Tarini Júnior; Planejamento e Meio Ambiente, Daniela da Camara Sutti; o superintendente da Fumas, Valdemar Foelkel; o centro comunitário do bairro recebeu grande número de pessoas e também um encerramento levado pela entidade Iê Aruandê, da rede Capoeira Brasil, que desenvolve atividades educativas.

Para Daniela, a orientação desde 2013 tem sido a prioridade para as questões fundiárias, potencializando ações como da Fumas. Confirmando o cenário, Foelkel destacou a importância da ação participativa que vem sendo orientada para o novo Plano Diretor Participativo em andamento.

“A luta foi grande, mas a vitória foi certa. O reconhecimento dos direitos de toda a população, incluindo a baixa renda, pelos governantes é um passo importante para a cidadania”, afirmou Antonieta dos Santos Alves, que identifica uma história de mais de trinta anos nesse processo.

A ação fez parte do programa Prefeitura em Ação, que nos últimos dias priorizou iniciativas em andamento na zona sul de Jundiaí.

Espera
A Vila Nova Esperança foi urbanizada a partir de uma lei municipal 4.812, de 1996, alterando a destinação da área e depois, a partir de recursos da Caixa Econômica Federal obtidos dentro do programa “Pró-Moradia” com empréstimo e repasse de recursos, com obras concluídas em 1999. Passados 16 anos, a Prefeitura de Jundiaí tomou a iniciativa necessária para registros em cartório por essas famílias.