Um encontro de formação com mais de 300 pessoas, na noite de sexta-feira (10), representou parte da etapa definitiva para a entrega dos residenciais Novo Horizonte V e VI neste bimestre, concluindo um total de 1.088 apartamentos no maior empreendimento de habitação social da cidade, no vetor oeste.
A Prefeitura de Jundiaí, com os 400 apartamentos entregues nos residenciais Roma e Gênova, no Jardim São Camilo, e outros 108 (sendo 87 já entregues) na Vila Ana, chega ao patamar de 1,6 mil unidades entregues desde 2013. Os efeitos benéficos incluem milhares de outras famílias porque as medidas fazem parte de planos urbanísticos, incluindo novas ruas e equipamentos nos bairros envolvidos.
O encontro de sexta-feira, no salão do Centro de Convivência do Idoso (Criju), no Complexo Argos, faz parte de outro processo paralelo, a preparação social, pré-ocupacional nesse caso e depois um trabalho pós-ocupacional. Palestraram as assistentes sociais Valdeci Rodrigues de Sousa, sobre educação financeira, e Cleide Almeida, sobre novas obrigações contratuais.
Entre os familiares das 178 unidades de um dos residenciais, Rodrigo Aparecido Solci, de 28 anos, e Jaqueline Fernandes Rodrigues Solci, de 25, comemoravam a saída do aluguel no Morada das Vinhas para a casa própria com o filho de 5 anos. “Eu estava grávida quando fizemos a inscrição. Agora só conseguimos tentar controlar a ansiedade”, afirmou ela. Eles destacaram que já estão acostumados com apartamento, mas muitos dos presentes precisavam das dicas do encontro.
Eles fazem parte do “sorteio geral” da lista de cadastro da Fundação Municipal de Ação Social (Fumas), mas 75% das vagas da política habitacional da cidade utiliza uma pontuação que inclui tempo de espera, vulnerabilidade de áreas de risco, famílias chefiadas por mulheres e a cota de idosos ou pessoas com deficiência.
No caso dos residenciais Novo Horizonte I, II, III, IV, V e VI, uma parte das vagas foi destinada a moradores de áreas definidas para a abertura de novas ruas no bairro surgido na década de 1970, sobre o antigo leito da Estrada de Ferro Sorocabana. Mesmo essas famílias, entretanto, tiveram a oportunidade de trocar de casa com outras que preferiram se mudar para os apartamentos.
“O trabalho de formação visa agora orientar sobre aspectos como o contrato, o regimento interno e as regras de convivência dentro dos novos condomínios”, explica a diretora da Fumas, Lucilene Rodrigues.
Mas o escopo das palestras incluiu também dicas sobre orçamento e renda que, no caso da palestrante Valdeci, incluiu até mesmo a citação de que atuou como empregada antes de se formar na universidade. “O importante é vocês investirem em vocês mesmos para novas mudanças. Um curso de padeiro, de costureira, de açougueiro ou de jardinagem, incluindo pequenas hortas até verticais, pode ser um passo para novos avanços que pretendam no futuro”, destacou.
Além das 1,6 mil unidades construídas entre 2013 e 2016, a política habitacional da cidade também inclui outras 2 mil unidades com matrículas individuais de regularização fundiária (de baixa ou média renda) de processos em alguns casos com espera também desde a década de 1970 com atuação conjunta da Secretaria de Obras com a Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente.
A própria Fumas coordena ainda a licitação de parceria com a iniciativa privada de outras 1,5 mil unidades na região da Água Doce e Poste, além de novos mecanismos de áreas e parcerias (como as zonas especiais de interesse social ZEIS 1 e ZEIS 2) definidos no projeto do novo Plano Diretor Participativo em análise na Câmara.
No caso do projeto dos residenciais Novo Horizonte I, II, III, IV, V e VI, o projeto conjunto com o governo federal (com participação do governo estadual no aspecto das moradias) incluiu a nova escola EMEB Marly de Marco Mendes Pereira, em funcionamento desde fevereiro, e também uma escola-creche que começa a ser equipada.
São medidas que, como afirmou o prefeito Pedro Bigardi na mesma sexta-feira (10) no período da manhã, na entrega definitiva das 384 unidades dos residenciais III e IV, mostram que “habitação não é apenas uma casa”. O crescimento dessa região de expansão urbana também recebeu a construção de uma unidade de pronto atendimento UPA 24 Horas (que conclui suas obras), um ponte sobre o rio Jundiaí de ligação com o Jardim Tulipas e reformas na unidade de saúde básica, além de ter redefinido a localização do novo Parque Tecnológico.
São elementos que apontam para construir cidade com desenvolvimento, inclusão social e proteção ambiental. A entrega definitiva dos residenciais V e VI está prevista para a segunda quinzena de julho.
Anelso Paixão
Fotos: Dorival Pinheiro Filho