Endereço de personalidades que fizeram parte da história de Jundiaí, o Cemitério Nossa Senhora do Desterro conta agora com o registro da memória de seus personagens mais ilustres. Responsável pela administração dos dois cemitérios públicos da cidade, a Fundação Municipal de Ação Social (FUMAS) incluiu em seu site um campo para reunir históricos de personagens conhecidos como o Barão de Jundiaí, o Conde do Parnahyba, o Coronel Leme da Fonseca e o Dr. Domingos Anastasio, entre muitos outros.
Fruto de uma compilação de informações publicadas pela imprensa local e em várias fontes de conhecimento público, os históricos reúnem um pouco do que os personagens representaram para a cidade, assim como alguns de seus feitos, divididos entre “Personagens Históricos” (personalidades que figuraram na sociedade e política local do final do século 19 e início do século 20) e “Personagens Urbanos” (como o engenheiro Leonardo Cavalcanti, que nos anos 20 morreu eletrocutado ao fazer uma inspeção pela linha férrea da Companhia Paulista; a jovem Maria Polito, morta em 1900, vítima de feminicídio praticado pelo próprio marido e o ex-prefeito Manoel Annibal Marcondes, assassinado nos anos 40, meses após concluir a reforma e ampliação do cemitério do Desterro).
“Este é um projeto que começou a ser formatado no ano passado e que estamos colocando no ar agora, coincidindo, inclusive, com as ações programadas pela Unidade de Cultura para celebrar o Mês do Patrimônio Histórico”, destaca a superintendente da FUMAS, Solange Marques. “Como as histórias estão sendo reunidas no site da Fundação, podemos complementá-las sempre que levantarmos novos detalhes sobre cada personagem. Não se trata de uma pesquisa histórica, mas de um espaço destinado a abrigar a memória destas pessoas que contribuíram, cada um em sua área, para construir um pouco da cidade que conhecemos hoje”, acrescenta.
Para o gestor da Unidade de Cultura, Marcelo Peroni, a iniciativa da FUMAS dialoga com a proposta do Mês do Patrimônio e muda o olhar do cidadão em relação ao cemitério. “As memórias tristes da perda de um ente querido não podem ser apagadas, mas é possível mudar o foco e lembrar as experiências felizes vividas. O cemitério é um lugar de Cultura e de Memória e esta iniciativa vem para ressaltar a História de vida das pessoas e da Jundiaí que elas ajudaram a construir”.
Leitura de QR Code
Para estimular a pesquisa sobre a vida de cada personalidade, especialmente entre os visitantes que passam pelo Desterro, essas sepulturas foram adesivadas com pequenas placas de inox contendo um código (QR Code), cuja leitura é direcionada para o site da FUMAS, onde está o histórico de cada personagem. Celulares mais novos já possuem um leitor específico de QR Code, mas também é possível baixar um aplicativo que faça a leitura do código.
Solange também avisa que, em breve, outros personagens deverão ter suas histórias contadas no site da FUMAS. “Estamos levantando, por exemplo, todos os ex-prefeitos sepultados no Desterro, e também professores que marcaram história no município e hoje são homenageados emprestando seus nomes a escolas e ruas”, antecipa.
“Através do celular e diante da sepultura, o visitante poderá conhecer o histórico de cada personagem e entender um pouco mais sobre o que representou aquela personalidade para a nossa cidade”, complementa a superintendente lembrando que, neste primeiro momento, 21 sepulturas já estão mencionadas no site. “A ideia é manter vivo um pouco do legado destas pessoas”, diz, citando, por exemplo, um dos homenageados no projeto, o padre canadense Paulo André Laurier Labrosse, que além de suas funções na Diocese de Jundiaí, nos anos 90 também foi superintendente da FUMAS e hoje está enterrado no Desterro, no túmulo da Mitra Diocesana.
Os históricos das 21 personalidades podem ser acessados diretamente no site da FUMAS, pelo endereço www.fumas.jundiai.sp.gov.br, dentro do campo “Sepulturas que contam histórias”.
Assessoria de Imprensa – FUMAS
Fotos: Divulgação