A Companhia de Informática de Jundiaí começou esta semana um projeto no cemitério Nossa Senhora do Desterro. A ideia é mapear todas as quadras do cemitério para desenvolvimento de um sistema de geolocalização do controle de perpétuas. Esse mapeamento está sendo feito por meio de um drone e caberá à Cijun catalogar, através de imagens, cada sepultura. O projeto é uma realização em conjunto com a FUMAS – Fundação Municipal de Ação Social – administradora do Serviço Funerário Municipal, responsável pelos cemitérios públicos.
O uso das geotecnologias e drones no contexto da indústria 4.0 e seus desdobramentos em diversos setores econômicos no Brasil e no mundo, têm ganhado cada vez mais espaço. Hoje, as grandes empresas se utilizam de drones para mapeamento de queimadas, agricultura, inspeções de obras e cidades inteligentes, as smart cities, como acontece em projetos em desenvolvimento em Jundiaí. “A Cijun realizou investimentos na aquisição dos equipamentos e softwares necessários, realizou os treinamentos de seus técnicos nas novas plataformas tecnológicas e está desenvolvendo com recursos próprios o novo sistema”, contou o diretor-presidente, Amauri Marquezi.
As imagens captadas pelo drone foram coletadas nesta quarta-feira (13) e agora serão roteirizadas num sistema. “Temos usado a tecnologia a serviço do cidadão e esse projeto tem essa característica. Quando um familiar ou um visitante precisa saber onde se encontra uma determinada sepultura, o sistema vai apontar exatamente onde ela está, dando o direcionamento exato a quem reivindica”, completou o diretor-técnico da Cijun, Celso Monteiro.
Cemitério secular
Com 151 anos de existência, o Cemitério Nossa Senhora do Desterro é a necrópole mais antiga da região, somando mais de 10 mil sepulturas, que abrigam aproximadamente 100 mil restos mortais. “Por ser um cemitério muito antigo, no qual até a primeira metade do século os corpos eram sepultados diretamente na terra, não houve um planejamento para que as quadras tivessem um espaçamento adequado”, explicou a superintendente da FUMAS, Solange Marques.
“Quando foi determinado que os enterros não seriam mais em covas e sim em sepulturas, muitas ficaram sem espaço no meio das quadras, o que dificulta bastante a localização de muitos jazigos. Com o trabalho da Cijun, será possível, através das coordenadas, encontrar exatamente o túmulo que se deseja”.
Além de facilitar a localização dos jazigos dentro das quadras, o trabalho realizado pela Cijun também deverá contribuir para ampliar a visitação das sepulturas identificadas por QR Codes, classificadas dentro do projeto “Sepulturas que contam histórias”, criado pela FUMAS em agosto de 2018.“Nesse projeto, identificamos com placas de QR Code os jazigos onde estão os restos mortais de personalidades que contribuíram para a história de nossa cidade. Quando a pessoa faz a leitura do código com o celular, é direcionada para o site da FUMAS, onde ela encontrará a foto daquele túmulo e um breve resumo da história ali sepultada”, completou Solange.
“Esse é um projeto em constante andamento, porque nossa intenção é ampliar cada vez mais a quantidade de históricos com esses QR Codes, contribuindo com a preservação da história de nossa cidade”, destacou.
Assessoria de Imprensa
Fotos: Divulgação