Funcionando há menos de um ano no município, o trabalho realizado pela Prefeitura através do Banco de Alimentos chamou a atenção da FAO (Food and Agriculture Organization), a agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para Alimentação e Agricultura. Para conhecer o trabalho intersetorial realizado em Jundiaí, a nutricionista e consultora técnica da FAO, Ísis Ferreira, esteve nesta quinta-feira (17) em visita às dependências da cozinha industrial da FUMAS, onde são preparadas as cestas verdes do Banco, e o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) São Camilo para conhecer as famílias em vulnerabilidade alimentar beneficiárias.
“Há um ano, quando recebemos do Município um relatório identificando as ações voltadas à segurança alimentar, soubemos que havia sido iniciado este trabalho em Jundiaí,”, contou Ísis. “Em 2018, fomos informados que o CRAS São Camilo estava preparando famílias para receber as doações que chegariam pelo Banco de Alimentos e, neste ano, recebi os apontamentos indicando que, além da implantação do programa, também já ampliaram esse trabalho para outras quatro unidades de CRAS e que estão prestes a levar para os outros dois, completando todos os CRAS de Jundiaí. Isso é maravilhoso, porque quando uma família não se alimenta bem, fica muito difícil conseguir superar as outras vulnerabilidades às quais ela está exposta”, acrescenta, avisando que visitará dois municípios em cada uma das cinco regiões do país para conhecer as iniciativas públicas adotadas em relação à segurança alimentar, para produção de um futuro relatório para o Ministério da Cidadania. Em São Paulo, além de Jundiaí, a capital também foi visitada pela técnica, que conheceu o CRESAN (Centro de Referência de Segurança Alimentar), instalado na Vila Maria.
A gestora da Unidade de Gestão de Assistência e Desenvolvimento Social (UGADS), Nádia Taffarello Soares, frisou a importância do trabalho intersetorial. “A visita da consultora da FAO é o reconhecimento por Jundiaí sair na frente e já integrar na prática, de modo intersetorial entre a UGADS, a FUMAS e a Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS), a integração entre a Política da Assistência Social e a Política de Segurança Alimentar”.
A diretora do Departamento de Ação Social, Clayde Almeida, que no encontro representou a superintendente da FUMAS, Solange Marques, salientou que o trabalho realizado pela equipe da Fundação está dentro das atividades realizadas pelo Programa de Suplementação Alimentar (PSA), atividade esta que deu origem à instituição, há 40 anos. “No passado, já chegamos a entregar 8 mil refeições por dia para complementar a refeição das pessoas cadastradas no PSA, e hoje, entregamos cerca de 1.200 refeições em oito pontos diferentes da cidade”.
No Cras, Ísis conversou com os beneficiários do Banco de Alimentos e viu o funcionamento das dinâmicas em grupo. Daiane Moura é moradora do Jardim São Camilo e foi ao Cras acompanhada do filho Davi, de três anos. “Antes eu conhecia só banana, mamão e maçã. Não só não tinha o hábito de comprar frutas e legumes, como tinha que optar entre comprá-los ou dar prioridade a outros itens básicos, como arroz e feijão. O Banco de Alimentos é um benefício para o corpo e para o bolso, já que tanto eu como meu marido estamos desempregados”, comemora.
Ao final das visitas por todo o território nacional, a consultoria da FAO deverá compilar um material a ser entregue ao Ministério. “Este material deve cumprir dois objetivos: o de subsidiar os gestores federais na tomada de decisões que integrem não só a prática da realidade, como a Assistência com a Segurança Alimentar, e o de inspirar, por meio das experiências já executadas, o trabalho de outros Municípios”, explica Ísis. Durante o dia de visitas, a consultora conheceu também as instalações do Centro Pop, um dos pontos que recebem diariamente a sopa oferecida pelo Programa de Suplementação Alimentar da FUMAS.
Assessoria de Imprensa
Fotos: Fotógrafos PMJ