João Batista Figueiredo

Principal atividade ou função histórica: Jornalística
Nascimento: 24/05/1880
Sepultamento: 17/08/1962
Localização: Quadra 06
Descrição do jazigo: Sepultura revestida de granito polido.

Dados biográficos e menção histórica:

Jornalista, advogado e escritor, João Batista Figueiredo também exerceu o magistério lecionando gratuitamente numa escola noturna mantida pela Loja Maçônica Luz e Humanidade (hoje chamada de Amor e Concórdia), na qual chegou ao cargo de diretor. Em 1902, foi nomeado professor público municipal para a escola do Núcleo Colonial Barão de Jundiaí, atual bairro da Colônia. Foi também funcionário da Companhia Paulista de Estradas de Ferro e, em 1903, passou a trabalhar no fórum local como solicitador e, provisionado, exerceu advocacia não só em Jundiaí como também em Atibaia, Campinas, Itatiba e Bragança Paulista.

De 1926 até quase o fim de sua vida, foi consultor jurídico e procurador da Prefeitura de Jundiaí. Sua militância no jornalismo remonta ao início do século XX, quando foi colaborador do jornal O Comércio de Jundiái, onde mantinha uma seção de crítica denominada Botocadas, bastante lida na época. Também nos primeiros tempos de sua carreira fundou o periódico literário O Vagalume, no qual publicava crônicas e poesias. Foi colaborador dos jornais A Cidade de Itu, Commércio de Campinas, Tribuna Popular (de Itapetininga, SP) e A Folha, de Jundiaí, exercendo neste o cargo de diretor-secretário.

Em 1912, escreveu a crônica Reflexões, com um total de 40 linhas, sem utilizar uma única vez a letra “a”. Em 1911 e 1912 publicou o Almanaque de Jundiaí. Em 1926 fundou o jornal A Comarca, mantendo-se à frente do mesmo por mais de 30 anos. Em 1928, em parceria com o historiador Alceu de Toledo Pontes, lançou o primeiro Anuário de Jundiaí (Almanaque de Jundiaí?). Dotado de cultura bastante vasta, seus escritos abrangeram os mais diversos gêneros literários, da poesia à crônica, do conto ao romance, da comédia ao drama.

Três de seus livros resultaram de reportagens que fez para o jornal A Comarca, sendo um deles “Maria Polito”, no qual narra a tragédia dessa mulher, que morreu esfaqueada pelo marido e em cujo túmulo, até hoje, fazem-se oferendas por milagres.