Ano de Nascimento: 1880
Data de Falecimento: 11/07/1900
Localização: Quadra 3
Descrição do jazigo: Capelinha construída 27 anos após a morte de Maria, com recursos de doações feitas pela própria comunidade local.
Dados biográficos e menção histórica:
Filha de imigrantes italianos, Maria Polito foi vítima de um crime bárbaro cometido por seu próprio marido, Emílio Lourenço. Moradores de São Paulo e já casados desde 21 de junho daquele ano no civil (porém aguardando disponibilidade de agenda na igreja católica para a realização do casamento religioso e para que pudessem começar a viver como marido e mulher), o casal estava no dia 11 de julho de 1900 a passeio por Jundiaí quando Emílio desferiu 18 facadas na jovem Maria, incluindo golpes em no pulmão, nádegas e rosto.
O crime, que chocou a cidade e ganhou repercussão nacional, foi cometido onde hoje é a Praça Nove de Julho, na Vila Municipal, próximo ao cemitério onde está o seu jazigo. O motivo banal teria sido a revelação de que Maria havia sido violentada na adolescência, quando a família passou pelos Estados Unidos, antes de desembarcar de vez no Brasil, fato este que o ciumento Emílio entendeu que poderia ter sido uma traição. Após o crime, Emílio fugiu para Campinas, mas foi capturado e, posteriormente, condenado a 30 anos de prisão.
Maria foi enterrada cinco dias depois de sua morte, numa cova rasa cedida pela Prefeitura de Jundiaí. A foto tirada de seu corpo retrata o braço esquerdo levantado, comprovando a tentativa de se defender do agressor. É um dos túmulos mais visitados do cemitério, recebendo muitas velas, flores, orações e outros objetos dedicados à jovem italiana como símbolos de graças alcançadas.